O maior ato de amor — em casa ou na empresa — é preparar o outro para voar.
•Amor é confiar no passo do outro.
Ser mãe e ser líder têm algo em comum: ambas as funções pedem amor e coragem. Amor para ensinar, corrigir e apoiar. Coragem para permitir que o outro caminhe sozinho.
Entre o desejo de proteger e a necessidade de soltar, mora o grande desafio da autonomia.
Muitas vezes, por zelo ou medo, acabamos querendo resolver tudo. Fazemos pelo filho o que ele já poderia fazer. Assim, também, corrigimos o colaborador antes mesmo que ele aprenda.
No fundo, acreditamos que estamos ajudando — mas, sem perceber, roubamos a oportunidade de crescimento.
A verdadeira autonomia não nasce do controle, e sim da confiança
Ela floresce quando alguém acredita que somos capazes, mesmo que ainda estejamos aprendendo.

•Libertar é um gesto de amor e confiança.
Em casa, isso acontece quando deixamos o filho preparar o próprio lanche, escolher a roupa ou lidar com um erro sem dramatizar
No trabalho, aparece quando o líder ensina, acompanha e depois permite que a equipe aja com responsabilidade
Autonomia é filha da liberdade com propósito — não do abandono, mas da presença que educa sem aprisionar.
Dar autonomia não significa ausência, e sim presença inteligente
É estar por perto o suficiente para orientar e longe o bastante para permitir que o outro se descubra
Tanto na maternidade quanto na liderança, o papel é o mesmo: inspirar, ensinar e, depois, confiar no processo
Quem deseja formar pessoas seguras precisa primeiro aprender a lidar com o próprio medo de não ser mais necessário.
E é nesse ponto que mães, pais e líderes tropeçam: quando confundem autoridade com poder e acabam sufocando o potencial do outro.
Ser líder — ou mãe — não é ser protagonista de todas as cenas, mas ser a base que sustenta e o exemplo que inspira.
O verdadeiro desenvolvimento acontece quando o outro sente que pode tentar, errar, ajustar e seguir adiante com responsabilidade.
Ser um bom educador e um bom líder é encontrar o ponto de equilíbrio entre orientar e permitir.
É entender que dar suporte não é fazer por, e sim criar as condições para que o outro faça bem.
Quando isso acontece, surgem filhos confiantes e profissionais maduros, capazes de tomar decisões e sustentar resultados.
•Reflexão:
“Controlar dá a sensação de segurança, mas libertar é o que realmente constrói confiança.”

•Ensinar a voar é descobrir a força das nossas próprias asas.
Na vida com os filhos ou nas empresas, o crescimento começa quando o controle termina.
Autonomia se constrói com paciência, diálogo e presença constante.
E, no fim, o mais bonito é perceber que, ao ensinar alguém a voar, também descobrimos a força das nossas próprias asas.
 Lilian Tozin – Consultora e Mentora de Liderança em Empresas Familiares.
 Coautora do livro ‘Empresas Familiares em Foco.
Método Liderança Transformadora (MLT) Chancelado pelo MEC.
 
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
    