Chega um momento em que o corpo e a mente pedem pausa. E, curiosamente, esse pedido costuma vir quando o calendário começa a acelerar — outubro, novembro, dezembro… os meses que parecem escorregar pelas mãos.
É quando ouvimos com mais frequência o famoso “nossa, já estamos no fim do ano”. É quando o cansaço aparece, não como fraqueza, mas como consequência natural de quem viveu intensamente. Trabalhou, sonhou, lutou, correu atrás.
Desacelerar não é desistir. É respeitar o ritmo. É permitir-se respirar entre uma conquista e outra. É dar espaço para o silêncio que reorganiza os pensamentos e dá novo fôlego à alma.
Talvez seja hora de reduzir o passo. Não porque acabou a energia, mas porque é preciso recarregar. Viajar, caminhar sem pressa, ler um bom livro, rir com amigos, ficar em casa sem culpa. Redescobrir o prazer do simples, do leve, do presente.
Cuidar de si também é produtividade — a mais importante delas. Porque um novo ciclo só começa de verdade quando a mente encontra o seu ponto de equilíbrio.
Então, antes de planejar o próximo ano, permita-se apenas ser.
Ficar quieto. Ficar bem.
Desacelerar é o primeiro passo para recomeçar com força, clareza e propósito.
Celso Almeida